terça-feira, julho 19, 2005

Mais Espanha

Porque será que associamos Espanha ao calor? Será do calor das Corridas de touros (que não aprecio…mas cada um tem os seus gostos).
Há a Espanha quente como Salamanca, a quentíssima bem Andaluza e há a Espanha do Norte cheia de verde e brumas. Com o calor que por aí está, apetece mais continuar com as cores térreas de Salamanca em dia de sol.
Uma das (muitas) belezas de Salamanca é o Palácio Salinas, com o seu Pátio renascentista cheio de referências à história - ou à lenda - do seu fundador, Alfonso Fonseca II, Arcebispo de Santiago e Patriarca de Alexandria.




Diz a lenda que sua amada, uma belíssima viúva, terá sido desprezada pela corte e por certa nobreza Salamantinas quando de uma visita da Corte a Salamanca. Para demonstrar o seu poder e escarnecer dos que tinham humilhado sua dama, mandou construir este belíssimo palácio. No pátio de entrada, as consolas que suportam um balcão de ferro forjado têm, cada uma, a figura de um homem nu, com rostos semelhantes aos Grandes da Corte e aos Dignitários do Clero. Sobre as cabeças, e enlaçando-os com pés em gancho, esculpiu o artista, por orientação do Bispo, figuras monstruosas, simbolizando o Orgulho, a Luxúria e a Gula, que revelavam o demónio secreto que em cada um habitava. Escarnecia assim o Bispo daqueles que maltrataram a bela dama que, diz a lenda, o acompanhava.


A história parece não ser bem coincidente com a Lenda sendo, porém, um facto que o Palácio Salinas deve o seu nome por albergar no seu pátio os depósitos de sal que abasteciam a cidade.
“Sal de piedra en la panera separada y sal de água en distintas paneras del alfoli”

Algum deste sal viria, certamente das salinas de Añana, de que em breve falarei.

terça-feira, julho 12, 2005

Salamanca

A maravilhosa Praça Maior de Salamanca faz 250 anos. Para quem puder, dê um salto até lá.

Da fronteira de Portugal até Salamanca ainda há um trajecto em estrada antiga, mas a Auto pista está em franco progresso tendo como curiosidade a “decoração” com magníficos “toros” coloridos. Só mesmo vendo. Ao mesmo tempo vai-se tornando óbvia a distância de Portugal com os campos maravilhosamente tratados percebendo-se porque Espanha é rica e …nós nem por isso.


Depois é passar o fim de tarde na Praça Maior, apreciar as cambiantes de luz em que o azul do céu vai de claro a escuro, passando por tons de ferrete vibrantes. A iluminação da praça, primeiro quase imperceptível, vai ganhando brilho e realça o tom dourado da pedra.

Praça Maior ao entardecer

Se a noite estiver boa, o mais certo nesta altura, deixem-se ficar bebendo “una copa” numa qualquer esplanada de preferência no histórico “Cervantes”. É um fim de tarde com um encanto que, a mim, me pareceu mágico.

Se tiver paciência, visite alguns monumentos. Não deixe de ir à Porta dos Ramos na Catedral, ver as marcas dos canteiros do Século XX, que restauraram o friso de estatuária. Procure algo de anacrónico…

Descobriu o astronauta e o diabo a comer sorvete?. Um mimo.
Mas há muito mais de que mais tarde falarei

quinta-feira, julho 07, 2005

Londres

Ontem havia a grande festa aos pés de Nelson, em Trafalgar Sq.
Hoje há tristeza mas também uma resistência impressionante. Aguentar sem choros nem lamúrias. Com serenidade, com a sobriedade que dignifica o sofrimento.
É muito triste tudo isto. Sempre sofre quem não tem real poder de decisão.
Como seria - e esperemos nunca saber a resposta- se algo semelhante acontecesse por cá?



São este os simbolos que querem destruir?
A entrada da City, o dragão de São Jorge.
A capacidade de resiliência vai, de certo, manifestar-se e a vida vai continuar. E com ela os símbolos que nos ajudam a manter a nossa indentidade profunda.



As flores à janela do Pub, este lá por Belgravia, de certeza murcharam de tristeza e pasmo. Mas vão voltar a florir.

quarta-feira, julho 06, 2005

CCB Domingo à tarde

Fui por lá ver o "Espelho meu". À espera de um pouco mais. Esperava-se que tanto espalhafato àcerca dos fotografos da Magnum actualizando as imagens do Portugal actual dessem qualquer coisa de...melhor. O que lá está é, sem dúvida bom. Belíssimas as imagnes de Miguel Rio Branco.
Mas sabe a pouco.

A luz começava a ser pouca. Ficaram impressões digitais desse fim de tarde.


No pátio principal do CCB, ao fim da tarde. Só formas e alguma cor pastel


Água

sexta-feira, julho 01, 2005

No coração da Chapada Diamantina : A Lapa Doce

In the earth of the Natural Park of Chapada- Bahia, Brazil -The "Lapa Doce" Cavern

A Lapa Doce é uma caverna enorme, dizem que com cerca de 900 metros de percurso onde, provavelmente, correu um rio subterrâneo há milhões de anos. Apesar da imponência das formações que levam à entrada da gruta, a descida não é muito complicada.



Dentro da gruta, percurso liso, com formações lindas.







De notar o painel de aviso recomendando o que fazer e, principalmente, o que não fazer.